sábado, 7 de dezembro de 2013

Sentido Único

Cansei de mentir para mim mesmo. Cansei de mentir para os outros acreditando ser verdade. Cansei de procurar sentido nas coisas. Cansei de acreditar que a vida é real.
 O que somos nós, afinal? poeira estelar proveniente de uma explosão ocorrida a bilhões de anos, suscetível a qualquer momento a própria decomposição, chamada leigamente de morte. Leigamente porquê nada morre, apenas caminhamos para desenfreadas e desordenadas mudanças físico-químicas, na busca incessante de equilíbrio, regida por Deus, ou pelo universo, ou seja lá por quem for o responsável por isso aqui. Busca frustrada, isso aqui vai acabar antes de se equilibrar.
Deus deve ser um hiperativo, acima do bem e do mal, sem qualquer sentimento. Nós, somos apenas parte da matéria, um conglomerado de substâncias químicas que se fechou em seu próprio universo ignorando a própria essência. Somos um pedaço de universo, que nem sequer foi arrancado dele e insiste em tentar ser diferentes. Viramos uma doença em uma célula do universo, que logo logo deixará de existir.
Lutam para tentar nos enfiar dentro da cabeça que somos mais, que temos alma. Se temos alma, tudo tem alma, se não a temos, nada tem. Lutam para nos enfiar na cabeça que não podemos nos deixar cair nesses pensamentos, que somos mais, e isso é ilusão. Dane-se a ilusão. Se isso for ilusão, todo o resto também é.
Liberdade é compreender o que somos, sem tabus, e então seguirmos para a decomposição da forma que o universo quiser (não é possível fugir das garras dele). Estar preso é continuar mentindo pra si mesmo, e acreditando nas mentiras que criamos e ouvimos, sabendo que não são reais, dar-se por vencido e apenas continuar tentando se meter num universo paralelo e inalcançável.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Do outro lado do espelho



Ultimamente tenho feito tantas coisas que nem sequer sei por que faço, coisas que eu não gostaria de fazer, mas mesmo assim continuo fazendo, outras que me são indiferentes, não encontro razões para fazê-las (e essas são as que mais me atormentam). Acho que não só ultimamente, creio que de pelo menos três anos pra cá tenho sido assim.
            Acho que me tornei adulto definitivamente. Até agora via isso com muita naturalidade, mas hoje de manhã, enquanto tomava banho (esse momento é um dos que mais me fazem pensar, talvez pela solidão que só o banheiro me oferece) me peguei refletindo sobre minha vida toda, e percebi que mesmo estando em um dos momentos mais felizes da minha vida, ando entrando num estado de comodismo muito fora do que eu não esperava para mim quando chegasse a essa etapa da minha vida.
            Eu me imaginava entrando na faculdade e fazendo mil coisas diferentes do habitual, conhecendo pessoas novas, abrindo minha mente, experimentando tudo aquilo que até então eu nunca tinha provado, mas o meu amigo Eu Mesmo prevaleceu sobre minhas vontades de novo, não me deixou mudar como eu queria, com a ajuda da amiga e aliada dele, Vida, que vive me empurrando pros caminhos que ela quer. Nessas horas até começo a acreditar em destino, aliás, acreditar não, descobrir que ele existe.
            Afinal, desde que o universo se formou, criou-se um efeito dominó de vários eventos, que se sucederam e deram origem a outros, mas no fundo no fundo sempre existiu uma dinâmica que os levou a acontecerem, como numa mesa de bilhar. Se o cara que está jogando for muito bom, ele saberá exatamente em que bola bater, qual a força que deve aplicar e em qual ponto, para que possa encaçapar qualquer bola. Aquele papo de “escrito nas estrelas” faz todo sentido para mim quando penso nisso, parece que está tudo predestinado a acontecer. Se juntarmos isso ao Freudianismo até nós estamos sujeitos ao tal destino, porque todos os eventos ao nosso redor contribuiriam para decidir quem seriamos no futuro, consequentemente também ditariam todas as nossas escolhas.
            Visão um tanto pessimista da vida, mas é ela que tem me confortado nesses dias de falta de sonhos e perspectivas. Dão a ilusão de que sempre terei um tutor para me proteger, a vida sempre estará encarregada de me fazer seguir em frente, mesmo quando eu parar de andar.
Parece que meus sonhos findaram. Não os tenho mais. Parece que do dia que alcancei meu derradeiro objetivo de adolescente perdi minha capacidade de querer continuar crescendo na vida adulta.
            Parece que sim, mas não fugi do assunto do início do texto. Essa rotina que tenho seguido é causada por essa falta de sonhos.
            Uma vez li um livro que é bem conhecido, porém poucos prestam a devida atenção no que nele está escrito. Chama-se O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder, que me foi apresentado por esta obra e desde então é um dos meus autores favoritos. Em suas primeiras páginas, creio que ainda no primeiro capítulo, Sofia recebe uma carta na qual o interlocutor compara as pessoas aos microorganismos presentes no pelo de um coelho. No começo eles estão na ponta dos pelos, onde não estão muito confortáveis, mas dali conseguem ver muito mais do que somente o mundo em que estão, o coelho. Quando ficam velhos vão descendo, até chegar na raiz dos pelos, lá na pele, onde estão quentinhos e estáveis, mas não podem enxergar mais nada além do que está a sua volta.
            Quero voltar às pontas dos pelos, mas acho que perdi o caminho, parece que saí de lá há uma eternidade, e às vezes até me esqueço que já estive lá, como se eu já tivesse nascido aqui embaixo. Acho que isso é da natureza do ser humano, encontrar um lugar estável. Nunca foi o que eu quis para mim, nem em meus tempos de criança comportada. Naquela época eu ainda vivia, não apenas sobrevivia. Depois desse banho de autoconhecimento espero voltar a viver.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Viagem Insólita


                     Créditos da Imagem: http://desenhistalourival.blogspot.com.br/ - Blog genial que recomendo

                 O altruísmo anda tão démodé nesse mundo que às sinto falta de um pouquinho de maldade no meu coração, não para espalhá-la gratuitamente pelo mundo, mas só para ter coragem de descontar na mesma moeda certos desaforos que sou obrigado a engolir a seco. O mais engraçado é que ela vem justamente daquelas pessoas que influenciam mais o comportamento das outras que a rodeiam, talvez seja isso que faça com que a maldade esteja tão na moda.
                Não posso dizer se o mundo sempre foi tão sanguinário como é hoje ou, como dizem os saudosistas, um dia o mundo foi bem melhor do que este que estamos vivendo. De fato esse capitalismo selvagem influencia e muito o comportamento das pessoas, que são obrigadas a sair empurrando todos os que estão a sua frente para chegar ao seu objetivo, e cada vez menos conseguem, engrossando o tal “exército de reserva”, o que deixa muitas delas mais frustradas e amargas do que eram.
                Me via, até bem pouco tempo, amargando-me com este mundo, chorando pelos cantos e amaldiçoando todos aqueles que passavam por meu caminho e me deixavam para trás, me usavam como degrau para a própria ascensão, e não foram poucos os que fizeram isso, que me esqueceram depois da ajuda que lhes ofereci. Comecei a me julgar bobo, otário, que é o que diziam que eu era. De fato fui muito inocente durante um tempo, imaginando que todas as pessoas me retornariam o que eu fizesse de bondade a elas. Quando cai na desilusão e vi que o mundo não funciona assim, me perdi tentando ser um pouco menos bom, tentando lutar contra os princípios da minha alma, tentando ser alguém que eu repudiava, e me espelhando nesse alguém, o que meu lado ator facilitou bastante.
                Depressão costuma ser a conseqüência de quem se aventura em universos tão paralelos, por sorte só cai em uma tristeza profunda seguida de umas falsas ameaças de suicídio, que eu guardava para mim mesmo por vergonha. A luta maior mesmo foi sair do escudo de rancor que construí em torno de mim mesmo. Me perdi errando pelos caminhos ramificados que trilhei, até achar aquele eu que abandonei em uma encruzilhada da minha vida, mas resolvi não tomá-lo de volta.
                Na verdade eu era um egoísta, alguém que só trabalhava em busca de resultados, em busca de compensações, coisas que as pessoas, os filmes, os desenhos animados, as fábulas haviam me ensinado, aqueles velhos dizeres que iludem as crianças: “façam o bem e terão o bem por recompensa”. Somos ensinados a ter esse pensamento de compensação. O nosso cérebro é moldável. Claro que temos características próprias nossas, coisas que já vêm engendradas em nossas almas, mas nossa visão de mundo é totalmente manipulável, assim como aquele velho estudo que fizeram com crianças que foram criadas em meio a lobos na Índia e jamais foram socializados. Agiam como cães. Agimos de acordo com o que somos ensinados.
                Essa minha melancólica busca por mim mesmo foi o que me proporcionou enxergar isso, foi ela que me proporcionou esse senso crítico sobre mim mesmo. O mundo pode até ser mal, mas são as atitudes que vêm de dentro pra fora, como o amor ao próximo, que quebraram esse sistema cruel e destruidor de almas, que nos enfia goela a baixo esse espírito assassino.
“Conhece a ti mesmo”, disse Sócrates, “só assim compreenderás o mundo”, completo eu.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Aprendendo a andar



           O título é meio depressivo, mas é bem assim que tenho me sentido ultimamente. Não que eu esteja em depressão, mas porque cada vez descubro mais e mais o quanto tenho capacidade de ser diferente das outras pessoas, o quanto ainda tenho que me desapegar do passado (que também inclui pessoas) para poder seguir meu caminho, explorar o máximo de tudo o que a vida tem me proporcionado.
Às vezes nos apegamos tanto a certas coisas que colam nossos pés num ponto fixo, que não temos coragem de nos soltar de nossas âncoras e deixar o mar nos levar. Amigos, família, emprego, bens materiais, enfim, um monte de coisas servem de desculpa para irmos ficando parados, e por causa disso vamos sendo passados para trás por aqueles que têm coragem de abraçar a vida e deixá-la nos guiar.
Tenho me sentido muito atormentado por esse medo de seguir em frente, de perder amigos principalmente, amigos que são como uma parte do meu corpo, e ninguém gosta de ser amputado. Sei que existe aquele discurso todo de que se for amigo de verdade não abandona, e blá, blá, blá... enfim, sei que isso não é verdade, porque até mesmo as melhores amizades não conseguem resistir tão facilmente ao tempo. As pessoas mudam com o tempo, a mentalidade evolui, e se a gente está longe acaba não acompanhando, o que aumenta a possibilidade dessas pessoas ficarem irremediavelmente distante de nós. Muitos amigos até me apóiam, mas meu pé se mantém para trás sempre.
Também tem aquele maldito medo da solidão, que já falei sobre ela aqui, mas ela insiste em grudar em mim feito minha sombra. Sou muito solitário, e como já dizia Renato Russo “é complicado estar só. Quem está sozinho que o diga”. Não que eu não tenha amigos, tenho até bastante, mas sou extremamente anti-social, inacessível e complicado, enfim, eu exalo antipatia, mesmo não sendo antipático. Esse medo é um dos principais responsáveis por nos acomodar numa vida “perfeita”, o medo de seguir e deixar pessoas para trás. Soa até um pouco egoísta, mas às vezes as pessoas querem nos segurar num nível igual ao delas para se sentirem seguras, e mesmo que não as rebaixemos, elas mesmas fazem isso.
Bom, o que eu quero dizer é que a grande diferença entre os que reclamam da vida e os que aproveitam-na é que os que reclamam deveriam agradecer por ter encontrado um cantinho confortável no qual se assentaram e não querem mais deixar, enquanto os que aproveitam-na são os que vão em frente, mesmo que aos trancos e barrancos, mesmo sofrendo e apanhando, às vezes até reclamando de quão injusta é a vida (até porque eles tem o direito de fazer isso), mas estão seguindo, sempre olhando pra frente, procurando novas ilhas pra explorar nesse mar de infinitas possibilidades chamado Vida.
Só para finalizar, essa semana meu professor falou com a sala sobre um encontro transcendental com Deus, um encontro que qualquer pessoa pode ter, eu acho que já tive esse encontro enquanto escrevia esse texto. Acho que Deus é a nossa própria vida, o tempo que vai nos moldando enquanto nos leva adiante. É o tempo que tudo nos trás nessa vida, o tempo que é nosso senhor e não deixa que nada nos falte, até chegar o dia em que decide se vivemos de mais ou devemos prosseguir, daí então nosso corpo vira adubo pra terra, ou polui o lençol freático, mas nossas almas permanecem eternizadas em tudo o que fizemos enquanto estivemos por aqui, é o nosso legado para esse mundo.

domingo, 15 de janeiro de 2012

O Tédio



Acabei de fazer dezoito anos e de terminar o terceiro ano do ensino médio. Nesses últimos meses estava muitissíssimo atarefado, e depois que me livrei de todos os deveres e provas de fim de ano, apresentei e entreguei meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) do curso técnico e terminaram todos os vestibulares que consegui me inscrever, resolvi tirar umas férias de tudo, a única tarefa que tive foi a entrega de currículos.
Acho que o sonho de qualquer adolescente é justamente esse, terminar os estudos e ficar sem fazer nada durante um bom tempo, mas não há coisa pior nesse período do que o tédio. Surge uma vontade enorme de se fazer alguma coisa, uma pressão que causa angústia, e tudo o que temos é as duas mãos atadas, porque tudo que temos a fazer é esperar por uma entrevista, a convocação dos vestibulares, etc, etc e etc. 
Parece que mesmo que eles não digam nada, nossos pais querem de qualquer modo que a gente tome decisões que nunca tomamos antes, que encaremos a vida de uma forma completamente nova. Não que eles estejam errados, é isso mesmo o que temos de fazer, mas, pelo menos eu, vejo que minha cabeça multiplica essa pressão por mil, e muitas vezes eles nem estão exigindo de mim tanto quanto acho que estão.
Cabeça vazia é mesmo oficina do diabo. Ao invés de conseguirmos aproveitar o tempo livre pra refletir em coisas boas, traçar novos planos, focar em novos objetivos, nossas mentes têm o instinto natural de se desviar para pensamentos negativos, atrair ansiedade e a certeza de que vamos fracassar. Não sei se isso é reflexo das minhocas que todos plantam em nossas cabeças ou se isso é natural do ser humano. O pior é que mesmo que tentemos nos concentrar em outras coisas, ler livros, ver filmes, escrever, qualquer coisa cansa e enjoa facilmente.
O jeito é aceitar esse novo hóspede da minha vida e conviver com ele. É só mais uma fase ruim como qualquer outra (assim espero), e que só serve para tirar novas experiências. Afinal terei histórias quase interessantes dessa minha vida cheia de nada aventuras para contar aos meus netos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Perfeição


         Estive pensando no quão sem graça seriam nossas vidas sem as decepções, dores, choros, derrotas e tudo de ruim que nos cerca. Será que se a vida fosse uma maravilha e só houvessem coisas boas no mundo teríamos como nos desenvolver como seres humanos? A resposta é: não precisaríamos.
            Temos mania de responsabilizar Deus por tudo de ruim que acontece por aí, mas se o mundo fosse do jeito que descrevi acima será que Deus existiria? Pois é, nesse mundo caótico em que vivemos às vezes questionamos a existência dele, mas se vivêssemos em um mundo perfeito nem sequer teríamos a quem questionar, porque não precisaríamos de ninguém que tivesse a força de resolver os problemas mais impossíveis, porque simplesmente não haveriam problemas.
            Como seriam as pessoas nesse mundo? Acho que parariam de se desenvolver na infância, afinal não haveria problema em viver plenamente sem ter vergonha de fazer o que realmente quisessem. Talvez ainda estivessem na pré-história. As pessoas seriam apenas como os animais, obedecendo aos instintos e cumprindo suas funções biológicas, nada mais além disso, então não teríamos raiva, tristezas, decepções, mágoas, medo (somente de morrer, talvez), pobreza, miséria, poluição, políticos corruptos, acidentes de trânsito, crimes e todas as coisas que vemos em nosso mundo e já estamos até nos acostumados.
            As pessoas não teriam liberdade para escolher como viver, porque certamente nem sequer teriam consciência de sua própria existência, então viveriam em branco, sem ter aproveitado nada, sem nem sequer ter pensado em ter vontade de aproveitar a vida.
            Concluo que esse mundo perfeito é um paradoxo, não que o mundo não pudesse ser perfeito, mas é claro que se o mundo fosse do jeito que descrevi acima o homem não iria se contentar em viver de tal modo, então iria querer evoluir, como de fato aconteceu em nossa história. Quando o assunto é o homem não existe perfeição, pois isso é o que ele precisa procurar, e se ela estiver diante dos seus olhos ele põe mil defeitos nela para que possa dizer que não encontrou-a e precisa continuar sua busca.
            A vida pode ser difícil, terrível e cruel, mas não temos do que reclamar. Se o mundo é assim, nós somos os culpados. Se vivemos como vivemos a culpa é toda nossa e a sina do homem é essa, mesmo quando tudo parece estar perfeito sempre tem algo que incomoda e precisa ser corrigido, e isso nunca acabará porque a perfeição é inalcançável [para o homem].

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dinheiro, o nosso amo

Quando a última árvore for abatida, o último rio secar, e o último peixe for pescado, então o homem vai perceber que o dinheiro não é, afinal, comestível. 

(Indígenas da Nação Cree)


Dinheiro é realmente uma coisa indispensável a nossa vida nos dias atuais, aliás, acho que sempre foi desde que o homem criou-o, e por termos essa relação tão antiga que se arrastou por milênios com ele, passamos a tratá-lo como um deus, e não é difícil encontrar alguém que o chama de Segundo Deus. Será que ele é realmente mais importante que as pessoas? De fato tem gente que pensa que sim, que tira vidas para consegui-lo.
            Outro dia eu estava assistindo a uma aula de história na qual o professor explicava as ideologias do século XIX, e então ele nos falou uma coisa que nos tocou muito, disse que nós, os adolescentes, nos revoltamos com toda a miséria do mundo, desigualdades sociais e tudo mais, mas o maior sonho da maioria de nós é ficar ricos. Até então esse era o maior sonho meu de fato, mas desde então comecei a pensar: será que dinheiro é realmente tão importante?
            Muita gente trabalha a vida inteira na esperança de um dia conseguir ter muito dinheiro e não precisar mais trabalhar, só que mesmo quando conseguem juntar dinheiro suficiente para passar uma vida inteira sem precisar mais trabalhar não se contentam, precisam ganhar ainda mais dinheiro, então um dia morrem de enfarte, tamanho o estresse acumulado nessas pessoas durante anos, fazendo uma coisa que na maioria das vezes elas nem se quer gostam em nome do Deus Dinheiro.Isso sem falar nos milhões de trabalhadores que se humilham, abaixam a cabeça para patrões que os exploram (em nome do dinheiro) e acabam com a própria saúde tentando conseguir dinheiro para suas famílias não morrerem de fome.
            Será que realmente vale à pena se tornar escravo de uma cédula de papel que leva pessoas a se matarem, nações entrarem em guerra, a catástrofes ambientais – o aquecimento global também é culpa dele – e a tanta desgraça que vemos neste mundo? Será que já não é hora do homem deixar de ser mandado pela criação dele mesmo e passar a dominá-la? Será que algum dia o homem vai saber dominá-lo? Acho que se até agora nós não acordamos, com todas as catástrofes que ele já nos causou, não vamos acordar enquanto ele não acabar conosco, mas aí já vai ser tarde.